domingo, 6 de dezembro de 2009

Série "Vintage" - O Elo Perdido


O guarda florestal Rick Marshall e seus dois filhos, Will e Holly, resolvem descer um rio de bote. Só que um terremoto inesperado move o rio e abre um portal do tempo, e eles acabam caindo em outro mundo mistura de pré-história e terra mágica. Tuod bem parece uma besteira não é ? Mas foi uma produção muito bem feita e respeitada e foi um dos maiores sucessos da produtora Krofft.

Além dos animais pré-históricos os Marshals encontram uma raça de seres, meio homem meio macaco, chamada Pakuni. Um deles o Cha-ka, se torna amigo da família e os ajuda nas dificuldades daquele novo mundo ajudando-os a permanecerem vivos. Uma outra raça chamada Sleestaks, (Lembra voçe tentando falar XXXLETAQUIS... faz Tempo... ) criaturas verdes com aparência de lagartos, que não querem nenhum tipo de amizade com os Marshals. Rick fica sabendo que a única maneira de voltar para casa é criando um portal de dentro da pirâmide dourada chamada Pylon. Com a ajuda de Erin ele tenta achar a combinação certa que faça com que ele volte para sua época.

Na primeira temporada a série era considerada a melhor série de ficção para crianças até aquele momento. Com o sucesso da série as mães estavam preocupadas com o clima de suspense, e principalmente porque as crianças tinham pesadelos com os Sleestak.

O resultado foi que a partir da segunda temporada a série ganhou mais humor e perdeu o clima sério. Com o orçamento reduzido a qualidade dos efeitos especiais caiu. Mas a pior parte ainda estava por vir, na terceira temporada, Spencer Milligan sentiu que o ¨bote¨ estava afundando e saiu. Ron Harper entrou em seu lugar e marcou o início de várias mudanças. Os Marshalls abandonam sua casa e vão morar num templo, já que todo o cenário da casa da família pegou fogo e foi destruído, Mais uma marmelada Cha-Ka e o líder dos Sleestak começaram a falar inglês PUTZ !. A personalidade de Enik mudou radicalmente ele ficou desobediente. Os roteiros foram piorando... a audiência caindo...que fracasso...

No Brasil a série se chamou " O Elo Perdido" e era exibida na antiga TVS, atual SBT. Em 1991 uma nova série foi criada, desta vez acompanhando as aventuras da família Porter, que vai parar no Elo Perdido. Essa nova série durou duas temporadas.

Passagem das Pedras


Figura 7 - Réplicas dos dinossauros que habitaram a região da bacia de Sousa. Arte de João Carlos M. Rodrigues.



Figura 6 - Pista de Dinossauro Ornitópode no Monumento Natural Vale dos Dinossauros. Passagem das Pedras (fazenda Ilha), município de Sousa.



Figura 5 - Monumento Natural Vale dos Dinossauros. Parque natural com 40 hectares de
Área protegida pelo governo do estado da Paraíba e Prefeitura Municipal de Sousa

MEDIDAS DE PROTEÇÃO

A principal área de distribuição das pegadas de dinossauros localizada em Passagem das Pedras (fazenda Ilha) no município de Sousa, é atualmente um parque natural. Em 20 de dezembro de 1992 através de um Decreto-Lei estadual (Decreto no 14.833, de 20 de dezembro de 1992, Diário Oficial do Estado da Paraíba) esta localidade icnofossilífera foi tombada como Monumento Natural e designada como "Monumento Natural Vale dos Dinossauros" (Figuras 5 e 6 ).
Em 1996 foi assinado um convênio entre o Ministério do Meio Ambiente, Estado da Paraíba/Superintendência de Administração do Meio Ambiente e Prefeitura Municipal de Sousa (Convênio MMA/PNMA/PED no 96 CV00030/96) visando a consolidação do "Monumento Natural Vale dos Dinossauros". Inicialmente com base no Decreto no 14.833 desapropriou-se o sítio de Passagem das Pedras, com 40 hectares de área. Posteriormente foi concebido um canal de alívio da vazão do rio do Peixe, numa extensão de 621 metros que permitirá, sem alterar as características originais do rio do Peixe e ecossistemas associados, a proteção das pegadas contra a ação erosiva deste rio e represamento d'água sobre o sítio paleontológico (Sônia Matos Falcão - Coordenadora de Projetos de Execução Descentralizada - PED/SUDEMA, informação pessoal).

Os investimentos já realizados neste sítio paleontológico são de aproximadamente US$ 800,000.00 (oitocentos mil dólares americanos). Ainda de acordo com as informações de Sônia Matos Falcão (Governo do Estado da Paraíba) a proteção deste jazigo fossilífero compreendeu:

Modificação do curso principal do rio do Peixe objetivando a proteção dos níveis estratigráficos com pegadas fósseis, os quais vinham sendo erodidos durante os períodos de inundações. Foi construído um canal secundário (artificial) e pontes sobre este e sobre o canal do rio.
Plantio de vegetação nativa nas bordas do canal e áreas adjacentes ao rio do Peixe.
Estrada de acesso ao Monumento Natural Vale dos Dinossauros a partir da rodovia federal BR-391.
Pontes de estrutura concreto-aço sobre as pegadas, evitando o contato direto dos visitantes com a superfície rochosa onde estão dispostas.
Centro de Recepção com 222 m2 de área. Abrange exposição com dioramas e painéis temáticos, fósseis, sala de vídeo, centro de documentação, biblioteca, loja de lembranças, lanchonete, sanitários e administração ( Figuras 7 e 8 ).

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A ICNOFAUNA DINOSSAURIANA DAS BACIAS DO RIO DO PEIXE E OS PRODUTORES DE PEGADAS


Figura 4 - Pegada de um terópode. Serrote do Letreiro, bacia de Sousa

Figura 3 - Pegada de um terópode associada a um petroglifo indígena. Serrote do Letreiro, bacia de Sousa

Os vinte e dois sítios e setenta e oito níveis das bacias do Rio do Peixe contêm a seguinte icnofauna de tetrápodes: 296 grandes terópodes; 29 pequenos terópodes têm o terceiro dedo substancialmente maior que os outros dois, o que era classicamente considerado como assignável aos Coelurosauria; 42 saurópodes; 2 ornitísquios quadrúpedes, provavelmente anquilossauros; 2 pequenos ornitópodes; 28 ornitópodes graviportais (um quadrúpede); um conjunto de impressões batracopodídeas; uma impressão lacertóide; um grande número de pegadas dinossaurianas não classificadas e muitas impressões de semi-natação atribuídas aos quelônios. Ao todo os indivíduos dinossaurianos classificados totalizam mais que 395. A relação de pegadas herbívoro/carnívoro nesta icnofauna é cerca de 1/4,6; a relação de pistas individuais quadrúpede / bípede é de cerca de 1/8,6. Somente 34 pistas de dinossauros estão associadas em quatro grupos gregários (Leonardi et al.,1987a, 1987b, 1987c).
Não é fácil atribuir uma pegada a um produtor. Contudo as pegadas descritas acima podem ser consideradas com alguma probabilidade de pertencerem aos seguintes grupos: as pistas de grandes terópodes são possivelmente de uma família cretácica sul-americana de grandes predadores conhecida como Abelisauridae Bonaparte & Novas, 1985 e consequentemente Ceratosauria. As pequenas pistas de terópodes com o dígito III substancialmente maior que o II e IV, que foram normalmente atribuídas aos Coelurosauria, podem ser referidas à algumas famílias teropodomorfas sul-americanas que se presume tenham ocupado neste continente o nicho ecológico dos Coelurosauria na Laurásia (e.g. Noasauridae Bonaparte & Powell, 1980). Os saurópodes foram talvez grupos assemelhados aos Dicraeosauridae, Rebbachisauridae, ou mais provavelmente os primeiros titanossauros (Bonaparte,1986).
A pequena pista quadrúpede do Serrote do Pimenta pode ser a de um anquilossauro, mais provavelmente um nodosaurídeo, a semelhança com o pequeno Minmi Molnar, 1980 de Queensland. Uma pista quadrúpede (sub-icnito) de Passagem das Pedras também poderia pertencer a este grupo. Pistas de anquilossauros são conhecidas da Bolívia (Leonardi, 1984a) e mais recentemente (1988) identificadas por Christian Meyer, Martin Lockley e Leonardi (material ainda não publicado). As pistas de grandes bípedes ou quadrúpedes com três cascos arredondados são atribuídas a ornitópodes graviportais, similares à Ouranosaurus Taquet, 1976; algumas pistas raras de ornitópodes podem pertencer a iguanodontídeos jovens ou a alguma forma de pequeno ornitópode, talvez driossaurídeos, já conhecidos na América do Sul (Coria & Salgado, 1996).
O conjunto batracopodídeo de Piau é pobremente preservado, contudo pode ser atribuído a Crocodylia. As inúmeras pegadas pequenas de semi-natação do sítio Piau foram provavelmente produzidas por quelônios; a família Araripemydae é a mais provável.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Wallpapers: Dinos no Cinema



A ICNOFAUNA


Formação Sousa

O conjunto de 13 sítios da Formação Sousa (Barragem do Domício, Engenho Novo, Juazeirinho, Matadouro, Pedregulho, Piau-Caiçara, Piedade, A Camada do Rio do Peixe entre Passagem das Pedras e Poço do Motor, Piau II, Poço da Volta, Sítio Saguim, Várzea dos Ramos e Zoador) em pelo menos 60 níveis incluem aproximadamente a seguinte icnofauna: 220 grandes terópodes; 29 pequenos terópodes classicamente considerados como Coelurosauria; 11 saurópodes; 15 ornitópodes graviportais; 1 pequeno ornitísquio quadrúpede; um número de pistas de dinossauros não-classificáveis ou incertas; 1 conjunto batracopódido; um grande número de pegadas de pequenos quelônios. Ao todo o número de indivíduos dinossaurianos é superior a 276 (Santos & Santos,1987a).

Formação Antenor Navarro

Os 5 sítios da Formação Antenor Navarro (Aroeira, Pocinhos, Riacho do Cazê, Serrote do Letreiro e Serrote do Pimenta) em pelo menos 12 níveis incluem aproximadamente: 53 grandes terópodes; 31 saurópodes; 5 ornitópodes graviportais, sendo um deles quadrúpede; 1 ornitísquio quadrúpede, provavelmente um anquilossauro; uma pegada lacertóide; um número de pistas não-classificáveis ou incertas. O número de indivíduos dinossaurianos é superior a 90 (Figuras 3 e 4 ).

Formação Piranhas

Os 4 sítios da Formação Piranhas (Cabra Assada, Curral Velho, Mãe d'Água e Fazenda Paraíso) incluem cerca de 6 níveis com a seguinte icnofauna: 23 grandes terópodes; 2 pequenos ornitópodes; 8 ornitópodes graviportais, um dos quais quadrúpede; um número de pistas não-classificáveis ou incertas. Os indivíduos dinossaurianos excedem em 33 (Leonardi,1987,1989; Santos & Santos,1987b).

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CONTEXTO ESTRATIGRÁFICO DAS PEGADAS


As icnofaunas dinossaurianas destas bacias estão inseridas num mesmo contexto estratigráfico-temporal-paleogeográfico, e representam partes de um amplo megatracksite. As similaridades das litofácies dentre os depósitos onde ocorrem as pegadas denotam os mesmos processos tectônicos, climáticos e sedimentares. Os ambientes de sedimentação eram então influenciados pelo desenvolvimento inicial da região Atlântica equatorial, com uma biota endêmica vivendo nas proximidades de rios efêmeros e lagos rasos em condições climáticas quentes (Carvalho 2000a).
Durante o Cretáceo Inferior, predominava um clima quente, havendo provavelmente uma ampla variação das condições de umidade (Petri, 1998). De acordo com Petri (1983) e Lima (1983) no início do Cretáceo, as condições climáticas eram mais úmidas nas regiões localizadas à sul do domínio tropical (bacias de Recôncavo-Tucano-Jatobá). Apesar de um clima mais quente e seco em direção à norte, a interpretação dos ambientes deposicionais e os fósseis sugerem a existência de alguns lagos, nos quais durante o Neocomiano, as regiões adjacentes mostravam-se mais úmidas. Durante este tempo, a América do Sul ainda encontrava-se conectada à África, e o Oceano Altântico estava em sua fase inicial de desenvolvimento. Na atual região Nordeste do Brasil, numa área de centenas de quilômetros, rios efêmeros e lagos rasos foram importantes ecossistemas.
A bacia de Sousa compreende uma área de 1.250 km2. Já Uiraúna-Brejo das Freiras é uma bacia menor com 480 km2. Estão localizadas no oeste do estado da Paraíba, nos municípios de Sousa, Uiraúna, Poço, Brejo das Freiras, Triunfo e Santa Helena. O embasamento destas bacias é composto por rochas metamórficas pré-cambrianas altamente metamorfizadas, alinhadas estruturalmente nas direções noroeste-sudoeste ou este-oeste. As rochas mais frequentes são migmatitos, granitos, gabros e anfibolitos.
A subdivisão litoestratigráfica formal dos depósitos cretácicos das bacias de Sousa e Uiraúna-Brejo das Freiras foi proposta por Mabesoone (1972) e Mabesoone & Campanha (1974). Estes autores designaram o Grupo Rio do Peixe, com espessura total de 2.870 metros, subdividindo-o nas formações Antenor Navarro, Sousa e Piranhas. As formações Antenor Navarro e Piranhas, são compostas por sedimentos imaturos, incluindo brechas e conglomerados com seixos de rochas magmáticas e metamórficas em uma matriz grossa arcoseana. Estes tipos litológicos são encontrados próximos aos bordos falhados das bacias. Em direção ao depocentro, os conglomerados e arenitos finos podem estar intercalados com siltitos e folhelhos. Estratificações cruzadas acanaladas e tabulares, estratificações cruzadas cavalgantes e marcas de onda são as principais estruturas sedimentares. A Formação Sousa é composta por arenitos avermelhados, siltitos, argilitos e nódulos carbonáticos; margas também podem ocorrer sob a forma de delgados estratos. As principais estruturas sedimentares são gretas de ressecamento, estruturas convolutas, marcas de onda, estratificações cruzadas cavalgantes, marcas de gotas de chuva e bioturbações.
Nas formações Antenor Navarro e Piranhas as pegadas são menos frequentes, quando comparadas com a abundância em que ocorrem na Formação Sousa. As litologias destas duas primeiras unidades são conglomerados, arenitos grossos e arenitos intercalados com siltitos. As litofácies, estruturas sedimentares e geometria das camadas indicam uma sedimentação em fan-deltas, leques aluviais e ambientes fluviais entrelaçados. As pegadas estão preservadas em sedimentos mais finos das barras arenosas subaéreas dos leques aluviais e rios entrelaçados ( Figura2 ). Tais depósitos localizam-se próximo das bordas das bacias e sua acumulação foi controlada diretamente pela atividade tectônica regional (Carvalho 2000a).
Na Formação Sousa as litologias são arenitos, folhelhos e argilitos, cuja granulação fina foi mais susceptível para a preservação de pegadas. Trata-se de uma sucessão essencialmente microclástica que indica ambientes lacustres, pantanosos e de rios meandrantes. Através do estudo das conchostracofaunas, Carvalho & Carvalho (1990) e Carvalho (1993, 1996b) inferiram as condições físicas e químicas dos lagos em cujas bordas a dinoturbação foi significativa. Tratavam-se de lagos pequenos e temporários, quentes e rasos, nos quais o quimismo da água caracterizavam-nos com um caráter alcalino (pH entre 7 e 9). Devido as dimensões que alcançavam alguns conchostráceos (cerca de 3,5 cm de comprimento), deveriam ter existido nestes lagos optimum ecológicos, com águas ricas em nutrientes e íons abundantes tais como o cálcio e fósforo.

sábado, 7 de novembro de 2009

HISTÓRICO DOS SÍTIOS ICNOFOSSILÍFEROS


Há cerca de 80 anos, no início da década de 20, Luciano Jacques de Moraes, um engenheiro de minas brasileiro, trabalhava para o Departamento Nacional de Obras contra as Seccas (DNOCS) na região Nordeste do Brasil, até então muito pouco conhecida geologicamente. No oeste do estado da Paraíba, Moraes descobriu duas pistas em rochas do leito do rio do Peixe, na localidade de fazenda Ilha. Tratavam-se de duas pistas de diferentes dimensões que se intercruzavam e possuíam distintos produtores.
Aparentemente Moraes enviou uma laje com uma pegada original escavada da pista codificada como SOPP2 e um molde de uma pegada da pista SOPP1 para os Estados Unidos para ser estudada por paleontólogos norte-americanos. Jamais recebeu qualquer resposta sobre o material enviado. Apesar das tentativas feitas por Giuseppe Leonardi, durante o ano de 1985 em reencontrar este material (o qual acreditava-se estar no American Museum of Natural History), nada foi localizado. Em seu livro, Moraes(1924) classificou a maior pista (SOPP1) como de um Stegosauria ou secundariamente como Ceratopsia; evidentemente ele a interpretou como pertencente a um quadrúpede. Atribuiu a pista SOPP2 como de um dinossauro bípede, sem definir entre os Theropoda ou os Ornithopoda. Moraes descreveu as pistas em detalhe, com desenhos e fotografias. Também extrapolou as dimensões dos presumíveis produtores das pegadas. Um trabalho meticuloso para a época; contudo Moraes não era nem um icnológo, nem um paleontólogo e seus desenhos mostram algumas incorreções.
Luciano Jacques de Moraes enviou fotografias para F. von Huene da Universidade de Tübingen (Alemanha), o qual publicou em seu livro de 1931 os desenhos de Moraes. Huene (1931) descreveu a primeira pista (SOPP1) como a de um quadrúpede com total sobreposição dos pés, e a segunda pista, como a de um bípede (SOPP2). Ele atribuiu a pista SOPP1 aos ceratópsidos ou preferencialmente aos nodosaurídeos e SOPP2 aos ornitópodes tracodontídeos ou kalodontídeos. A classificação de Huene baseou-se nos desenhos de Moraes. Huene trabalhou no Brasil nos anos 20, mas nunca visitou a Paraíba.
As pistas descritas por Moraes em Sousa foram novamente analisadas em 1969 por Llewellyn I. Price (1961) com Diógenes de Almeida Campos do Departamento Nacional da Produção Mineral.
Em 1975 Giuseppe Leonardi visitou Sousa e encontrou as pistas que até então encontravam-se esquecidas. Posteriormente uma lenda local surgiu: aquela que as pistas haviam sido descobertas por um fazendeiro da região, Anísio Fausto Silva. O centenário desta descoberta foi celebrado em Sousa em 1997. Provavelmente as principais pistas tenham sido obsevadas por muitos fazendeiros, e antes deles mesmo por índios, devido ao fato de serem muito evidentes. Contudo, a descoberta, com um caráter científico, deve ser seguramente atribuída a Moraes. Localmente as pegadas são conhecidas como "pistas de boi" (SOPP1) e "pistas de ema" (SOPP2). Em 1975-1976 Leonardi escavou estas duas pistas a partir de dois metros de areia acumulada pelo rio do Peixe e através da margem do canal, descobrindo cinco novas pistas (Leonardi, 1979a). Em 1977 Leonardi descobriu novas pistas na fazenda Ilha e algumas outras localidades (Leonardi,1980c,1994): Poço do Motor, Pedregulho, Piedade e Juazeirinho na Formação Sousa; Serrote do Letreiro na Formação Antenor Navarro, considerada até então como uma unidade paleozóica. Uma pegada incomum (em realidade duas pegadas sobrepostas de Grallator mas erroneamente interpretadas por Leonardi como Isochirotherium sp.) sugeriram uma idade (incorreta) triássica para este nível (Leonardi, 1979b, 1980b). Contudo, foi posteriormente percebido que todo o Grupo Rio do Peixe pertencia ao Cretáceo Inferior e que o contato entre suas unidades era transicional (Carvalho & Leonardi, 1992). Outras expedições de Giuseppe Leonardi se seguiram (28 ao todo, conforme Leonardi, 1994, p. 169), compreendendo quase que um ano ao todo de trabalhos de campo, apoiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Na expedição de 1979, Leonardi (1984b, 1994) descobriu os sítios de Piau-Caiçara e Matadouro (Formação Sousa); Serrote do Letreiro (Formação Antenor Navarro), Mãe d'Água e Curral Velho (Formação Piranhas). Em 1980 e 1981 ele trabalhou no sítio Piau-Caiçara, enfatizando o comportamento dos dinossauros produtores das pegadas (Godoy & Leonardi, 1985). Durante o ano de 1981 descobriu, junto com Geraldo da Costa Barros Muniz, pistas dinossaurianas relacionadas às bacias de Lima Campos, Iguatu e Palestina (Leonardi & Muniz, 1985; Leonardi & Spezzamonte, 1994). Realizou a expedição Ligabue de 1983, que representou uma ação conjunta dos paleontólogos Giancarlo Ligabue (Veneza - Itália), Philippe Taquet (Museu de História Natural de Paris - França), Díógenes de Almeida Campos (Departamento Nacional da Produção Mineral - Brasil), e outros (Leonardi, 1984a). Posteriormente as pegadas receberam as visitas de inúmeros paleontólogos, bem como de turistas. Em 1984, Leonardi descobriu os sítios do Zoador, Barragem do Domício, Poço da Volta e Engenho Novo na Formação Sousa; Aroeira e Cabra Assada na Formação Antenor Navarro (Leonardi, 1985, 1994). A partir de 1994, Leonardi associou-se ao trabalho de campo com Maria de Fátima C.F. dos Santos e Claude L. de A. Santos do Museu Câmara Cascudo de Natal (Rio Grande do Norte, Brasil), frequentemente com Ismar de Souza Carvalho (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil) (1989, 1992, 1994) e Luís Carlos Godoy (Ponta Grossa, Paraná). Em 1985 W.V. Barbosa descobriu o sítio Várzea dos Ramos. Em 1987 Ismar de Souza Carvalho com Leonardi descobriram o sítio Pocinhos na bacia de Brejo das Freiras (Carvalho, 1989, 1996a).
Durante todos esses anos, um longo e muitas vezes infrutífero esforço foi feito para obter a proteção destes sítios em todos os níveis administrativos dos governos municipal, estadual e federal para o estabelecimento do Parque Natural Vale dos Dinossauros. Em 1984, Leonardi com João Carlos M. Rodrigues do Museu Emílio Goeldi de Belém (Pará) iniciaram a construção de réplicas dos principais tipos de dinossauros encontrados em Sousa. Em 1988 foram descobertos os sítios de Saguim e Piau II por Leonardi, juntamente com Anna Alessandrello do Museo Civico di Storia Naturale de Milan (Itália). Leonardi e Alessandrello exploraram a bacia de Pombal sem nenhum resultado positivo. O sítio Paraíso foi descoberto em 1992 por Sérgio Alex Kugland de Azevedo (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional; 1993). Após Leonardi ter deixado o Brasil em 1989, o trabalho icnológico de vertebrados vem sendo sistematicamente realizado por Ismar de Souza Carvalho (Carvalho et al., 1994, 1995; Carvalho, 1996a; 2000a, b), o qual vem descobrindo novas localidades icnofossilíferas em parceria com pesquisadores (Maria Somália Sales Viana, Mário Lima Filho e Narendra Kumar Srivastava) de instituições universitárias localizadas no Nordeste do Brasil (Universidade Federal de Pernambuco e Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pterodáctilo


O pterodáctilo (Pterodactylus sp.) foi um réptil voador da ordem Pterosauria, que viveu na actual África e Europa durante o Jurássico superior (cerca de 150 milhões de anos atrás). Era um animal carnívoro e provavelmente alimentava-se de peixes e pequenos animais. O pterodáctilo tinha uma envergadura de asas reduzida (por comparação a outros pterossauros) situada entre 50 a 75 cm.
O género foi descrito em 1801 por Georges Cuvier.

Uma curiosidade é o fato de que, na cultura popular, praticamente qualquer pterossauro é denominado um "pterodáctilo", mesmo que o animal não pertença verdadeiramente a este género. Um desses casos é o filme Pterodactyl - A Ameaça Jurássica de 2005, que, apesar do nome, as criaturas pré-históricas apresentadas no filme se assemelhavem mais a outro género de pterossauros: o Pteranodon, o principal motivo para esta "confusão taxonômica" é o fato de que o nome Pterodactylus é muito mais popular que o nome pteranodonte, porém o animal do primeiro género seria muito pequeno para ameaçar a vida dos personagens humanos do filme, já o segundo atingia tamanho suficiente para ser apresentado como um "assassino de homens". O mesmo erro de apresentar qualquer pterossauro como sendo Pterodactylus também ocorre na série de TV O Mundo Perdido.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Homenagem


Os Correios emitem selo de grande valor histórico e de repercussão mundial, focalizando o Vale dos Dinossauros, que é um dos mais importantes sítios paleontológicos do mundo, visitado freqüentemente por cientistas e turistas de vários países. As primeiras pegadas fósseis de dinossauros encontradas no Brasil foram localizadas em Passagem das Pedras (Sousa/PB), pelo agricultor Anísio Fausto da Silva, em 1897, que, com espanto, denominou-as de “rastro do boi e rastro da ema”. Em 1920, o geólogo Luciano Jaques de Moraes constatou in loco que se tratava de pegadas de dinossauros. A partir de 1975, toda a região oeste da Paraíba foi pesquisada pelo paleontólogo italiano Giuseppe Leonardi, que veio a descobrir mais de vinte localidades com pegadas de dinossauros. Entretanto, a mais clássica continua sendo a Passagem das Pedras, onde a trilha principal é de um iguanodonte - dinossauro herbívoro de seis a sete toneladas. No Vale dos Dinossauros está sendo implantado um arrojado projeto de infra-estrutura de preservação ambiental e turística.

Dinossauros no Brasil


Os primeiros fósseis de dinossauros encontrados no Brasil datam de 1897. Trata-se de pegadas fossilizadas descobertas na localidade de Passagem das Pedras, próximo ao município de Sousa (PB), pelo agricultor Anísio Fausto da Silva, que acreditava tratarem-se de rastros de boi e ema.
Entretanto, apenas em 1920 geólogos tomaram conhecimento dos tais "rastros", que após estudados foram identificados como provenientes de dois dinossauros diferentes.
Apesar da importância da descoberta, o material ficou esquecido por décadas, ora submerso por inundações, ora coberto por camadas de areia e cascalho.
Em 1902 iniciavam-se formalmente as pesquisas paleontológicas na paleorrota em Santa Maria (Rio Grande do Sul), com a coleta de vestígios orgânicos petrificados pelo Dr. Jango Fischer, estudo que resultou na determinação do primeiro réptil terrestre fóssil da América do Sul, o Rincossauro, batizado por Woodward com o nome de Scaphonyx fischeri. Nas décadas seguintes a paleorrota seria visitada por importantes paleontólogos do mundo, tornado-se uma das mais importantes áreas para a paleontologia mundial.
A partir da década de 40, o paleontólogo Llewellyn Ivor Price, natural de Santa Maria (Rio Grande do Sul), realizou estudos na localidade de Peirópolis, Município de Uberaba, Minas Gerais e em pontos isolados do oeste do Estado de São Paulo.
Depois de Price, houve um longo período de quase total inatividade na paleontologia brasileira, só interrompido na década de 70. Foi quando o padre italiano Giuseppe Leonardi estudou o sítio de Souza e publicou um estudo afirmado que parte dos rastros alí encontrados provavelmente pertenciam a um iguanodonte medindo 3 metros de altura e pesado 4 toneladas, que viveu há 110 milhões de anos.
Graças a esse estudo, a região passou a ser conhecida como Vale dos Dinossauros e é hoje um dos sítios paleontológicos mais importantes do mundo.
Para o mundo da paleontologia, evento de enorme importância foi a apresentação pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no dia 28 de agosto de 2006, da réplica do maior dinossauro brasileiro denominado cientificamente de Maxakalisaurus topai.
Para se ter uma idéia da importância científica do maior dinossauro encontrado no Brasil, veja importante e detalhado boletim oficial do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre a descoberta e as pesquisas lideradas pelo Professor e Paleontólogo Alexander Kellner:[1]
Ossos, dentes, ovos, pegadas e fezes (coprólitos) de dinossauros são encontrados em bacias sedimentares espalhadas por toda a área que hoje é o Brasil. Os principais sítios paleontológicos estão nas seguintes regiões: Chapada do Araripe (CE); Sousa (PB); Recife (PE); Alcântara e São Luís (MA); Tesouro e Morro do Cambambe (MT); Prata e Peirópolis (MG); Araraquara, Monte Alto, Presidente Prudente e Álvares Machado (SP); Candelária e Santa Maria (RS).

Souza / PB


Sousa é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na Mesorregião do Sertão Paraibano. É a principal localidade da microrregião homônima à cidade.
Foi encontrado recentemente (2007) petróleo em seu território, ao serem furados poços em busca de água, mas a sua exploração ainda não começou.
A cidade é conhecida por ter sido morada de dinossauros.
Durante o ciclo das entradas ao sertão, o território que forma o município de Sousa foi domínio da Casa da Torre da Bahia, de Teodósio e Francisco de Oliveira, donos dos vales constituídos pelos rios, Rio do Peixe e Piranhas.
Os Irmãos Oliveira foram os primeiros fazendeiros do município após a devastação da área em 1723. O município fica situado em terras onde eram o Jardim do Rio do Peixe, pertencente a Francisco Dias e posteriormente, a sua mãe, Inácia de Araújo, doadora da sesmaria que ainda hoje constitui o patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios.
A fertilidade do terreno trouxe moradores que se interessaram no cultivo das terras. Assim, desenvolveu-se o povoado que, em 1730, já contava 1.468 habitantes, segundo informações do Cabido de Olinda.
Esse fato acabou levando Bento Freire de Sousa, residente na fazenda Jardim, a tomar a iniciativa de organizar um povoado que, entre 1730 e 1732, ergueu a primeira igreja, existente até hoje. Em homenagem ao fundador e primeiro administrador do município, a cidade passa assim a se chamar Sousa.
A localidade possui várias praças de acesso público. Uns de seus maiores destaques são, a festa da padroeira, realizada no mês de setembro e o Sousafolia, grande micareta realizada geralmente no mês de maio, atraindo muitos turistas para a região. A estátua de Frei Damião também é um ponto turístico da cidade. A estátua foi construída pela grande admiração que o frade tinha pela cidade, visitando-a constantemente e sendo querido por toda a população. São muitos os devotos na cidade.
É em Sousa que se encontra o Parque dos Dinossauros
O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005[6]. Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca.
Sousa está localizada no sertão semi-árido da Paraíba. Sua população está estimada, segundo uma contagem do IBGE feita em 2007, em 63.783 habitantes, possuindo de acordo com dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) 45.295 eleitores, o que coresponde ao 6° maior colégio eleitoral da Paraíba, ficando atrás de João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Bayeux e Patos, respectivamente.
O Parque dos Dinossauros é um dos maiores sitios arqueológicos, com aproximadamente 21 sitios, de pegadas preservadas do mundo. Foram observadas pegadas fossilizadas de mais de 80 espécies, a maioria de dinossauros carnívoros. As pegadas variam entre 5 cm e 40 cm. Segundo estudos, grandes partes dos vestígios encontrados eram de dinossauros voadores. Em suas trilhas é possível observar vestígios (pegadas) também de dinossauros herbívoros, como o Iguanodonte mantelli, supostamente de quatro toneladas, e de carnívoros como o Velociraptor, com aproximadamente dois toneladas. As pegadas podem ser observadas em 13 camadas. É fato que, duas pegadas do parque foram roubadas, e foram localizadas, uma em Boston (E.U.A) e a outra a França. Esses animais viveram nessa região à aproximadamente 110 milhões de anos, e o parque foi descoberto pelo geólogo Luciano Jaques de Moraes. Apesar do esforço para manter o parque em perfeitas condições, o incentivo dado por parte dos governos municipal e estadual é assim como o parque, “pré-histórico”, arcaico, obsoleto. O parque assim como seus guias, são mantidos pelos turistas.(L.C.)
Em Sousa há também a estátua do milagre eucarístico. A história conta que no dia 25 de março de 1814 aproximou-se um homem negro na Sagrada Mesa de Comunhão na primitiva Igreja N. Senhora dos Remédios e ao receber a hóstia saiu às pressas despertando a atenção da assembléia religiosa. Acreditava aquele homem que a hóstia seria um talismã para protegê-lo.Após alguns dias, no local onde atualmente está entronizada a imagem do Bom Jesus Eucarístico de Sousa, foi encontrada a Sagrada Partícula e ao seu redor ovelhas e cordeiros.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Velociraptor


O velociráptor (Velociraptor mongoliensis, que significa "ladrão veloz") foi um dinossauro carnívoro e bípede que viveu durante o período Cretáceo. Media 1,5 metros de comprimento e pesava aproximadamente 15quilogramas.
Foi um grande predador que provavelmente caçava em bando. Era leve, rápido, possuía ótima visão e um cérebro bastante desenvolvido, além de um poderoso maxilar. Assim como o seu parente próximo, o deinonico, todo velociráptor possuía uma terrível garra retrátil em forma de foice no segundo dedo da pata, usada para furar o ventre ou o pescoço da presa.
O primeiro esqueleto de velociráptor foi encontrado no Deserto de Gobi, na Ásia, em 1923. Mais tarde, em 1970, foi encontrado um esqueleto de velociraptor agarrado a um protoceratops. Não se sabe, ao certo, porque morreram, mas se acredita que uma violenta tempestade de areia os soterrou. As perfeitas condições desse achado e a situação na qual os dois dinossauros morreram fizeram dessa descoberta uma verdadeira sensação.
O velociráptor recebe grande atenção da comunidade científica porque há fortes indícios de que ele possuía penas - característica própria das aves e não dos répteis. É também um dos dinossauros mais famosos, tendo participado de vários filmes de cinema (dos quais podemos citar a série de filmes Jurassic Park), jogos de computador e outras mídias.
Recentemente, através de pesquisas e testes cuidadosamente elaborados, descobriu-se que as garras do velociraptor não serviam para rasgar o ventre ou o pescoço da presa, pois sua parte inferior não era cortante nem afiada, e sim arredondada; portanto, provavelmente não era usada para rasgar, e sim para perfurar, pois dessa forma tinha boa chance de acertar a traquéia ou a jugular da vítima e assim matá-la.

Fotos tiradas no mês de Outubro/2009



Teorias sobre a extinção


A extinção em massa dos dinossauros, ocorrida há 65 milhões de anos, final do Período Cretáceo, tem concentrado mais trabalhos de investigação do que qualquer outro episódio de extinção. Mas, apesar disso, ainda se trata de um mistério muito intrigante.

A partir dos anos 50 o desenvolvimento de pesquisas sobre as provas fósseis da extinção têm gerado uma elevada quantidade de novos dados. Em numerosos estudos das sequências rochosas que envolvem o limite K-T se pode comprovar mudanças ambientais, singularidades geoquímicas e a distribuição, declive e substituição dos grupos fósseis, tanto no mar quanto na terra. Provas procedentes das rochas e fósseis de angiospermas revelam que, no final Cretáceo, ocorreu um significativo esfriamento da atmosfera.
Existe a hipótese de que as pausas entre os períodos de extinção observadas se encaixam com os efeitos de um hipotético choque térmico em grande escala, provocado possivelmente pelos deslocamentos das placas tectônicas que separaram a Austrália da Antártida causando o efeito das frias correntes profundas do Oceano Meridional sobre as águas equatoriais mais quentes do Mar de Tétis.
A partir de 1979, uma equipe da Universidade da Califórnia, em Berkeley, descobriu, em um estrato argiloso, níveis 100 vezes mais altos que o normal de um raro metal, o irídio – muito pouco freqüente na superfície da Terra, mas muito encontrado nos meteoritos.
Investigações posteriores conduzidas pelo geólogo Walter Alvarez e seu pai, Luiz Alvarez – Prêmio Nobel de Física – levaram ao esboço de um modelo catastrófico hoje exaustivamente examinado. Supõem-se que um asteróide com tal conteúdo de irídio teria que medir cerca de 10km de diâmetro. O impacto de um corpo dessas dimensões sobre a Terra, numa possível velocidade de 16 a 21km por segundo, criaria uma cratera de 65km e causaria estragos no mundo inteiro. Tal impacto levantaria uma nuvem de poeira que ocultaria o sol durante mais de um ano.
Levando em conta pesquisas de outros cientistas sobre os possíveis efeitos de uma guerra nuclear, o suspeito asteróide causaria um explosão equivalente a 100 milhões de bombas H de 1 megaton, suficiente para provocar uma refrigeração global.

A primeira grande extinção em massa que se conhece ocorreu no final do Período Ordoviniano, há uns 440 milhões de anos atrás, com a exclusão de 50% das espécies. À partir de então os peixes passaram a evoluir e dominar os mares. A extinção seguinte ocorreu no final do Período Devoniano, cerca de 370 milhões de anos atrás, com a extinção de também 50% das espécies. Após a mesma os anfíbios passaram a se desenvolver. A maior extinção em massa de todos os tempos, ocorreu no final do Período Permiano, há uns 245 milhões de anos atrás, quando cerca de 95% da vida animal foi eliminada. Esta ocorrência está relacionada com a formação de um único supercontinente chamado Pangea. Há cerca de 210 milhões de anos veio a extinção em massa que pôs fim ao Período Triássico. Novamente os seres marinhos e a maior parte dos vertebrados terrestres desapareceram. Nessa ocasião surgiram os dinossauros.
No final do Período Cretáceo há a extinção dos dinossauros, dentre elas a mais conhecida, mas cujas causas ainda estão em polêmica. Ao lado das provas do impacto de um meteorito, existem outros fatos comprovados. A maior parte da Índia é formada por lava produzida por vulcões durante o Período Cretáceo. As grandes erupções vulcânicas poderiam ter bloqueado a luz solar com uma imensa nuvem de poeira. O frio e a escuridão teriam causado a morte em massa.
Alguns cientistas acreditam que os dinossauros foram morrendo aos poucos, conforme o esfriamento da temperatura terrestre. A queda de um meteorito gigante ou grandes erupções vulcânicas podem ter sido o desastre que apenas encerrou o processo de extinção total dos dinossauros já enfraquecidos.

VALE DOS DINOSSAUROS - SOUSA/PB


"0 estudo dos dinossauros - a origem e diversidade de espécies, o seu habitat, o modo de vida e as causas de sua extinção sempre atraiu a atenção de muitas pessoas em todo o mundo, entre elas, os colecionadores de selos.
Os dinossauros - do grego: DEINOS (= terrível) e SAURIOS (= lagarto), pertenceram à classe dos répteis e se multiplicaram em inúmeras espécies de todos os tamanhos, nitidamente adaptadas aos seus diversos ambientes naturais.
O Vale dos Dinossauros/PB é internacionalmente conhecido do ponto de vista das pegadas, fósseis de dinossauros é um dos locais arqueológicos mais importantes do mundo.
As primeiras pegada de dinossauros no Brasil foram encontradas, em 1897, na localidade de Passagem das Pedras (Sousa - PB), pelo agricultor Anísio Fausto da Silva, que com espanto denominou-as de "rastro do boi e rastro da ema".
Em 1920, o geólogo Luciano Jaques de Moraes, em missão da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS), soube da existência dos "rastros do boi e da ema". Comprovou "in loco" que se tratavam de rastros de dinossauros e divulgou por meio de sua obra "Serras e Montanhas do Nordeste", edição de 1924, a existência e as características de duas pistas de dinossauros, diferentes entre si, encontradas no leito rochoso do Rio do Peixe. Apesar dasua importância, o material, no entanto, ficou por longo tempo esquecido, ora submerso pelas inundações desse rio, temporário, ora coberto por grandes camadas de areia e cascalho.
Em 1975, a Icnologia (estudo daspegadas fósseis) voltou à tona no Brasil, e empreendeu-se uma exploração sistemática de todas as bacias fósseis sedimentares do País com o amparo do CNPq. Coube então a Giuseppe Leonardi - padre, geólogo, paleontólogo e pesquisador do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) - natural de Veneza (Itália), buscar as pistas dinossáuricas divulgadaspor Lucino J. de Moraes. Constatou-as, partindo para novas e sucessivas pesquisas com escavações, inclusive, com os seus colaboradores, acabou por descobrir cerca de vinte localidades com pegadas de dinossauros, sendo que treze destas do Mnicípio de Sousa e sete no município de São João de Rio do Peixe (ex - Antenor Navarro), e mais em outras áreas dos municípios do Oeste-Paraibano, numa extensão aproximada de 700 Km2, região que veio receber o nome sugestivo de Vale dos Dinossauros.
Das treze localidades descobertas, no município de Sousa, algumas são muito ricas em detalhes, apresentando não somente interesse científico, mas sustentando espanto e a admiração do público em geral. A localidade mais bonita e clássica na opinão de Giuseppe Leonardi, permanece sendo a primeira descoberta por Anísio Fausto da Silva em Passagem das Pedras. Ali a pista principal é a de um iguadonte - dinossauro semibípede e herbívoro, pesando entre três e quatro toneladas - profundamente gravada na rocha, numa linha reta de mais ou menos cinqüeta metros. As pegadas medem 40 cm de largura e observam-se também as gretas de contração da lama petrificada. Nesta localidade está sendo implantado um arrojado projeto de infra-estrutura de preservação ambiental e turística financiado com recursos do MMA-PED/BANCO MUNDIAL.
Em 20 de novembro de 1996 um grupo de sousenses decidiu fundar uma ONG, a MOVISSAUROS - Associação Comunitária "Movimento de Preservação do Vale dos Dinossauros", quando a partir de então foram realizadas várias buscas de novas pistas dinossauricas nos municípios de Sousa e São João de Rio do Peixe, ambos na Paraíba. Até agora foram descobertas mais de 150 novas pegadas de dinossauros - herbívoros e carnívoros.
De todos esses achados o mais surpreendente foi uma trilha com 14 pegadas que não chega a medir um metro em linha reta. Cada pegada mede apenas 2 cm de diâmetro - são as únicas deste tamanho até agora encontradas no Vale dos Dinossauros e ainda sem identiftcação científicas. Isto prova que o Vale dos Dinossauros foi habitado há 130 miIhões de anos por animais gigantes como saurópodos e por minúsculos, como as pegadas encontradas no Serrote Benção de Deus (Sousa -PB).

Dinossauros na Paraíba


A cidade de Sousa no Sertão Paraibano já foi reduto de vários Dinossauros.



0 estudo dos dinossauros - a origem e diversidade de espécies, o seu habitat, o modo de vida e as causas de sua extinção, sempre atraiu a atenção de muitas pessoas em todo o mundo. Os vestígios desses animais foram encontrados no "Vale dos Dinossauros", município de Sousa, Estado da Paraíba. O Vale dos Dinossauros/PB, internacionalmente conhecido em virtude das pegadas e fósseis de dinossauros, é um dos locais arqueológicos mais importantes do mundo.

As primeiras pegadas de dinossauros foram encontradas no Brasil, em 1897, na localidade de Passagem das Pedras (Sousa - PB), pelo agricultor Anísio Fausto da Silva, que com espanto denominou-as de "rastro do boi e rastro da ema". Mas, já em 1920, um geólogo que visitava o local soube desta história e desconfiado, foi e descobriu que na verdade se tratavam de dinossauros.

Foram descobertas a existência e as características de duas pistas de dinossauros, diferentes entre si, encontradas no leito rochoso do Rio do Peixe. Apesar da sua importância, o material, no entanto, ficou esquecido por um longo tempo, ora submerso pelas inundações desse rio, temporário, ora coberto por grandes camadas de areia e cascalho.


Giuseppe Leonardi - padre, geólogo, paleontólogo e pesquisador, acabou por descobrir cerca de vinte localidades com pegadas de dinossauros, sendo que treze destas no Município de Sousa, sete no município de São João do Rio do Peixe (antiga Antenor Navarro) e mais em outras áreas dos municípios do Oeste-Paraibano, numa extensão aproximada de 700 Km2, região que veio receber o nome sugestivo de Vale dos Dinossauros. Em 20 de novembro de 1996, um grupo de sousenses decidiu fundar uma ONG, a MOVISSAUROS - Associação Comunitária "Movimento de Preservação do Vale dos Dinossauros". A partir de então, foram realizadas várias buscas de novas pistas "dinossáuricas" nos municípios de Sousa e de São João do Rio do Peixe, ambos na Paraíba. Até o momento foram descobertas mais de 150 novas pegadas de dinossauros - herbívoros e carnívoros.

Fotos tiradas no mês de Outubro/2009



Vale dos Dinossauros


O Vale dos Dinossauros é um dos mais importantes sítios paleontológicos existentes, onde registra-se a maior incidência de pegadas de dinossauros no mundo.
Compreende uma área de mais 1.730 km2, abrangendo aproximadamente 30 localidades no alto sertão da Paraíba (Brasil), entre elas os municípios de Sousa, Aparecida, Marizópolis, Vieirópolis, São Francisco, São José da Lagoa Tapada, Santa Cruz, Santa Helena, Nazarezinho, Triunfo, Uiraúna, São João do Rio do Peixe e Cajazeiras.
Os achados mais importantes estão na Bacia do Rio do Peixe, município de Sousa, a 420 km de João Pessoa. Lá, encontram-se rastros e trilhas fossilizadas de mais de 80 espécies em cerca de 20 níveis estratigráficos. Destacam-se as trilhas das localidades da Passagem das Pedras, onde foram descobertas os primeiros indícios de dinossauros brasileiros, no fim do século XIX.
Em toda a região, encontram-se rastros fossilizados cujo tamanho varia de 5 cm (de um dinossauro do tamanho de uma galinha), até 40 cm, como as pegadas de iguanodonte de 4 toneladas, 5 metros de comprimento e 3 metros de altura. A maioria das pegadas são de dinossauros carnívoros. Uma trilha com 43 metros em linha reta é a mais longa que se conhece no mundo. De acordo com os paleontólogos, esses rastros têm pelo menos 143 milhões de anos.
Existe também (embora em menor quantidade), marcas petrificadas de gotas de chuva, plantas fósseis, ossadas parciais de animais pré-históricos e pinturas rupestres feitas pelos antigos habitantes. Estas últimas localizam-se principalmente no Serrote do Letreiro (em Sousa) e Serrote da Miúda (municípios de São Francisco e Santa Cruz).
As marcas deixadas por esses animais pelo sertão paraibano despertam o interesse de cientistas brasileiros e estrangeiros, atraindo também muitos turistas e curiosos de todo o mundo.