segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A ICNOFAUNA DINOSSAURIANA DAS BACIAS DO RIO DO PEIXE E OS PRODUTORES DE PEGADAS


Figura 4 - Pegada de um terópode. Serrote do Letreiro, bacia de Sousa

Figura 3 - Pegada de um terópode associada a um petroglifo indígena. Serrote do Letreiro, bacia de Sousa

Os vinte e dois sítios e setenta e oito níveis das bacias do Rio do Peixe contêm a seguinte icnofauna de tetrápodes: 296 grandes terópodes; 29 pequenos terópodes têm o terceiro dedo substancialmente maior que os outros dois, o que era classicamente considerado como assignável aos Coelurosauria; 42 saurópodes; 2 ornitísquios quadrúpedes, provavelmente anquilossauros; 2 pequenos ornitópodes; 28 ornitópodes graviportais (um quadrúpede); um conjunto de impressões batracopodídeas; uma impressão lacertóide; um grande número de pegadas dinossaurianas não classificadas e muitas impressões de semi-natação atribuídas aos quelônios. Ao todo os indivíduos dinossaurianos classificados totalizam mais que 395. A relação de pegadas herbívoro/carnívoro nesta icnofauna é cerca de 1/4,6; a relação de pistas individuais quadrúpede / bípede é de cerca de 1/8,6. Somente 34 pistas de dinossauros estão associadas em quatro grupos gregários (Leonardi et al.,1987a, 1987b, 1987c).
Não é fácil atribuir uma pegada a um produtor. Contudo as pegadas descritas acima podem ser consideradas com alguma probabilidade de pertencerem aos seguintes grupos: as pistas de grandes terópodes são possivelmente de uma família cretácica sul-americana de grandes predadores conhecida como Abelisauridae Bonaparte & Novas, 1985 e consequentemente Ceratosauria. As pequenas pistas de terópodes com o dígito III substancialmente maior que o II e IV, que foram normalmente atribuídas aos Coelurosauria, podem ser referidas à algumas famílias teropodomorfas sul-americanas que se presume tenham ocupado neste continente o nicho ecológico dos Coelurosauria na Laurásia (e.g. Noasauridae Bonaparte & Powell, 1980). Os saurópodes foram talvez grupos assemelhados aos Dicraeosauridae, Rebbachisauridae, ou mais provavelmente os primeiros titanossauros (Bonaparte,1986).
A pequena pista quadrúpede do Serrote do Pimenta pode ser a de um anquilossauro, mais provavelmente um nodosaurídeo, a semelhança com o pequeno Minmi Molnar, 1980 de Queensland. Uma pista quadrúpede (sub-icnito) de Passagem das Pedras também poderia pertencer a este grupo. Pistas de anquilossauros são conhecidas da Bolívia (Leonardi, 1984a) e mais recentemente (1988) identificadas por Christian Meyer, Martin Lockley e Leonardi (material ainda não publicado). As pistas de grandes bípedes ou quadrúpedes com três cascos arredondados são atribuídas a ornitópodes graviportais, similares à Ouranosaurus Taquet, 1976; algumas pistas raras de ornitópodes podem pertencer a iguanodontídeos jovens ou a alguma forma de pequeno ornitópode, talvez driossaurídeos, já conhecidos na América do Sul (Coria & Salgado, 1996).
O conjunto batracopodídeo de Piau é pobremente preservado, contudo pode ser atribuído a Crocodylia. As inúmeras pegadas pequenas de semi-natação do sítio Piau foram provavelmente produzidas por quelônios; a família Araripemydae é a mais provável.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Wallpapers: Dinos no Cinema



A ICNOFAUNA


Formação Sousa

O conjunto de 13 sítios da Formação Sousa (Barragem do Domício, Engenho Novo, Juazeirinho, Matadouro, Pedregulho, Piau-Caiçara, Piedade, A Camada do Rio do Peixe entre Passagem das Pedras e Poço do Motor, Piau II, Poço da Volta, Sítio Saguim, Várzea dos Ramos e Zoador) em pelo menos 60 níveis incluem aproximadamente a seguinte icnofauna: 220 grandes terópodes; 29 pequenos terópodes classicamente considerados como Coelurosauria; 11 saurópodes; 15 ornitópodes graviportais; 1 pequeno ornitísquio quadrúpede; um número de pistas de dinossauros não-classificáveis ou incertas; 1 conjunto batracopódido; um grande número de pegadas de pequenos quelônios. Ao todo o número de indivíduos dinossaurianos é superior a 276 (Santos & Santos,1987a).

Formação Antenor Navarro

Os 5 sítios da Formação Antenor Navarro (Aroeira, Pocinhos, Riacho do Cazê, Serrote do Letreiro e Serrote do Pimenta) em pelo menos 12 níveis incluem aproximadamente: 53 grandes terópodes; 31 saurópodes; 5 ornitópodes graviportais, sendo um deles quadrúpede; 1 ornitísquio quadrúpede, provavelmente um anquilossauro; uma pegada lacertóide; um número de pistas não-classificáveis ou incertas. O número de indivíduos dinossaurianos é superior a 90 (Figuras 3 e 4 ).

Formação Piranhas

Os 4 sítios da Formação Piranhas (Cabra Assada, Curral Velho, Mãe d'Água e Fazenda Paraíso) incluem cerca de 6 níveis com a seguinte icnofauna: 23 grandes terópodes; 2 pequenos ornitópodes; 8 ornitópodes graviportais, um dos quais quadrúpede; um número de pistas não-classificáveis ou incertas. Os indivíduos dinossaurianos excedem em 33 (Leonardi,1987,1989; Santos & Santos,1987b).

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CONTEXTO ESTRATIGRÁFICO DAS PEGADAS


As icnofaunas dinossaurianas destas bacias estão inseridas num mesmo contexto estratigráfico-temporal-paleogeográfico, e representam partes de um amplo megatracksite. As similaridades das litofácies dentre os depósitos onde ocorrem as pegadas denotam os mesmos processos tectônicos, climáticos e sedimentares. Os ambientes de sedimentação eram então influenciados pelo desenvolvimento inicial da região Atlântica equatorial, com uma biota endêmica vivendo nas proximidades de rios efêmeros e lagos rasos em condições climáticas quentes (Carvalho 2000a).
Durante o Cretáceo Inferior, predominava um clima quente, havendo provavelmente uma ampla variação das condições de umidade (Petri, 1998). De acordo com Petri (1983) e Lima (1983) no início do Cretáceo, as condições climáticas eram mais úmidas nas regiões localizadas à sul do domínio tropical (bacias de Recôncavo-Tucano-Jatobá). Apesar de um clima mais quente e seco em direção à norte, a interpretação dos ambientes deposicionais e os fósseis sugerem a existência de alguns lagos, nos quais durante o Neocomiano, as regiões adjacentes mostravam-se mais úmidas. Durante este tempo, a América do Sul ainda encontrava-se conectada à África, e o Oceano Altântico estava em sua fase inicial de desenvolvimento. Na atual região Nordeste do Brasil, numa área de centenas de quilômetros, rios efêmeros e lagos rasos foram importantes ecossistemas.
A bacia de Sousa compreende uma área de 1.250 km2. Já Uiraúna-Brejo das Freiras é uma bacia menor com 480 km2. Estão localizadas no oeste do estado da Paraíba, nos municípios de Sousa, Uiraúna, Poço, Brejo das Freiras, Triunfo e Santa Helena. O embasamento destas bacias é composto por rochas metamórficas pré-cambrianas altamente metamorfizadas, alinhadas estruturalmente nas direções noroeste-sudoeste ou este-oeste. As rochas mais frequentes são migmatitos, granitos, gabros e anfibolitos.
A subdivisão litoestratigráfica formal dos depósitos cretácicos das bacias de Sousa e Uiraúna-Brejo das Freiras foi proposta por Mabesoone (1972) e Mabesoone & Campanha (1974). Estes autores designaram o Grupo Rio do Peixe, com espessura total de 2.870 metros, subdividindo-o nas formações Antenor Navarro, Sousa e Piranhas. As formações Antenor Navarro e Piranhas, são compostas por sedimentos imaturos, incluindo brechas e conglomerados com seixos de rochas magmáticas e metamórficas em uma matriz grossa arcoseana. Estes tipos litológicos são encontrados próximos aos bordos falhados das bacias. Em direção ao depocentro, os conglomerados e arenitos finos podem estar intercalados com siltitos e folhelhos. Estratificações cruzadas acanaladas e tabulares, estratificações cruzadas cavalgantes e marcas de onda são as principais estruturas sedimentares. A Formação Sousa é composta por arenitos avermelhados, siltitos, argilitos e nódulos carbonáticos; margas também podem ocorrer sob a forma de delgados estratos. As principais estruturas sedimentares são gretas de ressecamento, estruturas convolutas, marcas de onda, estratificações cruzadas cavalgantes, marcas de gotas de chuva e bioturbações.
Nas formações Antenor Navarro e Piranhas as pegadas são menos frequentes, quando comparadas com a abundância em que ocorrem na Formação Sousa. As litologias destas duas primeiras unidades são conglomerados, arenitos grossos e arenitos intercalados com siltitos. As litofácies, estruturas sedimentares e geometria das camadas indicam uma sedimentação em fan-deltas, leques aluviais e ambientes fluviais entrelaçados. As pegadas estão preservadas em sedimentos mais finos das barras arenosas subaéreas dos leques aluviais e rios entrelaçados ( Figura2 ). Tais depósitos localizam-se próximo das bordas das bacias e sua acumulação foi controlada diretamente pela atividade tectônica regional (Carvalho 2000a).
Na Formação Sousa as litologias são arenitos, folhelhos e argilitos, cuja granulação fina foi mais susceptível para a preservação de pegadas. Trata-se de uma sucessão essencialmente microclástica que indica ambientes lacustres, pantanosos e de rios meandrantes. Através do estudo das conchostracofaunas, Carvalho & Carvalho (1990) e Carvalho (1993, 1996b) inferiram as condições físicas e químicas dos lagos em cujas bordas a dinoturbação foi significativa. Tratavam-se de lagos pequenos e temporários, quentes e rasos, nos quais o quimismo da água caracterizavam-nos com um caráter alcalino (pH entre 7 e 9). Devido as dimensões que alcançavam alguns conchostráceos (cerca de 3,5 cm de comprimento), deveriam ter existido nestes lagos optimum ecológicos, com águas ricas em nutrientes e íons abundantes tais como o cálcio e fósforo.

sábado, 7 de novembro de 2009

HISTÓRICO DOS SÍTIOS ICNOFOSSILÍFEROS


Há cerca de 80 anos, no início da década de 20, Luciano Jacques de Moraes, um engenheiro de minas brasileiro, trabalhava para o Departamento Nacional de Obras contra as Seccas (DNOCS) na região Nordeste do Brasil, até então muito pouco conhecida geologicamente. No oeste do estado da Paraíba, Moraes descobriu duas pistas em rochas do leito do rio do Peixe, na localidade de fazenda Ilha. Tratavam-se de duas pistas de diferentes dimensões que se intercruzavam e possuíam distintos produtores.
Aparentemente Moraes enviou uma laje com uma pegada original escavada da pista codificada como SOPP2 e um molde de uma pegada da pista SOPP1 para os Estados Unidos para ser estudada por paleontólogos norte-americanos. Jamais recebeu qualquer resposta sobre o material enviado. Apesar das tentativas feitas por Giuseppe Leonardi, durante o ano de 1985 em reencontrar este material (o qual acreditava-se estar no American Museum of Natural History), nada foi localizado. Em seu livro, Moraes(1924) classificou a maior pista (SOPP1) como de um Stegosauria ou secundariamente como Ceratopsia; evidentemente ele a interpretou como pertencente a um quadrúpede. Atribuiu a pista SOPP2 como de um dinossauro bípede, sem definir entre os Theropoda ou os Ornithopoda. Moraes descreveu as pistas em detalhe, com desenhos e fotografias. Também extrapolou as dimensões dos presumíveis produtores das pegadas. Um trabalho meticuloso para a época; contudo Moraes não era nem um icnológo, nem um paleontólogo e seus desenhos mostram algumas incorreções.
Luciano Jacques de Moraes enviou fotografias para F. von Huene da Universidade de Tübingen (Alemanha), o qual publicou em seu livro de 1931 os desenhos de Moraes. Huene (1931) descreveu a primeira pista (SOPP1) como a de um quadrúpede com total sobreposição dos pés, e a segunda pista, como a de um bípede (SOPP2). Ele atribuiu a pista SOPP1 aos ceratópsidos ou preferencialmente aos nodosaurídeos e SOPP2 aos ornitópodes tracodontídeos ou kalodontídeos. A classificação de Huene baseou-se nos desenhos de Moraes. Huene trabalhou no Brasil nos anos 20, mas nunca visitou a Paraíba.
As pistas descritas por Moraes em Sousa foram novamente analisadas em 1969 por Llewellyn I. Price (1961) com Diógenes de Almeida Campos do Departamento Nacional da Produção Mineral.
Em 1975 Giuseppe Leonardi visitou Sousa e encontrou as pistas que até então encontravam-se esquecidas. Posteriormente uma lenda local surgiu: aquela que as pistas haviam sido descobertas por um fazendeiro da região, Anísio Fausto Silva. O centenário desta descoberta foi celebrado em Sousa em 1997. Provavelmente as principais pistas tenham sido obsevadas por muitos fazendeiros, e antes deles mesmo por índios, devido ao fato de serem muito evidentes. Contudo, a descoberta, com um caráter científico, deve ser seguramente atribuída a Moraes. Localmente as pegadas são conhecidas como "pistas de boi" (SOPP1) e "pistas de ema" (SOPP2). Em 1975-1976 Leonardi escavou estas duas pistas a partir de dois metros de areia acumulada pelo rio do Peixe e através da margem do canal, descobrindo cinco novas pistas (Leonardi, 1979a). Em 1977 Leonardi descobriu novas pistas na fazenda Ilha e algumas outras localidades (Leonardi,1980c,1994): Poço do Motor, Pedregulho, Piedade e Juazeirinho na Formação Sousa; Serrote do Letreiro na Formação Antenor Navarro, considerada até então como uma unidade paleozóica. Uma pegada incomum (em realidade duas pegadas sobrepostas de Grallator mas erroneamente interpretadas por Leonardi como Isochirotherium sp.) sugeriram uma idade (incorreta) triássica para este nível (Leonardi, 1979b, 1980b). Contudo, foi posteriormente percebido que todo o Grupo Rio do Peixe pertencia ao Cretáceo Inferior e que o contato entre suas unidades era transicional (Carvalho & Leonardi, 1992). Outras expedições de Giuseppe Leonardi se seguiram (28 ao todo, conforme Leonardi, 1994, p. 169), compreendendo quase que um ano ao todo de trabalhos de campo, apoiadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Na expedição de 1979, Leonardi (1984b, 1994) descobriu os sítios de Piau-Caiçara e Matadouro (Formação Sousa); Serrote do Letreiro (Formação Antenor Navarro), Mãe d'Água e Curral Velho (Formação Piranhas). Em 1980 e 1981 ele trabalhou no sítio Piau-Caiçara, enfatizando o comportamento dos dinossauros produtores das pegadas (Godoy & Leonardi, 1985). Durante o ano de 1981 descobriu, junto com Geraldo da Costa Barros Muniz, pistas dinossaurianas relacionadas às bacias de Lima Campos, Iguatu e Palestina (Leonardi & Muniz, 1985; Leonardi & Spezzamonte, 1994). Realizou a expedição Ligabue de 1983, que representou uma ação conjunta dos paleontólogos Giancarlo Ligabue (Veneza - Itália), Philippe Taquet (Museu de História Natural de Paris - França), Díógenes de Almeida Campos (Departamento Nacional da Produção Mineral - Brasil), e outros (Leonardi, 1984a). Posteriormente as pegadas receberam as visitas de inúmeros paleontólogos, bem como de turistas. Em 1984, Leonardi descobriu os sítios do Zoador, Barragem do Domício, Poço da Volta e Engenho Novo na Formação Sousa; Aroeira e Cabra Assada na Formação Antenor Navarro (Leonardi, 1985, 1994). A partir de 1994, Leonardi associou-se ao trabalho de campo com Maria de Fátima C.F. dos Santos e Claude L. de A. Santos do Museu Câmara Cascudo de Natal (Rio Grande do Norte, Brasil), frequentemente com Ismar de Souza Carvalho (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil) (1989, 1992, 1994) e Luís Carlos Godoy (Ponta Grossa, Paraná). Em 1985 W.V. Barbosa descobriu o sítio Várzea dos Ramos. Em 1987 Ismar de Souza Carvalho com Leonardi descobriram o sítio Pocinhos na bacia de Brejo das Freiras (Carvalho, 1989, 1996a).
Durante todos esses anos, um longo e muitas vezes infrutífero esforço foi feito para obter a proteção destes sítios em todos os níveis administrativos dos governos municipal, estadual e federal para o estabelecimento do Parque Natural Vale dos Dinossauros. Em 1984, Leonardi com João Carlos M. Rodrigues do Museu Emílio Goeldi de Belém (Pará) iniciaram a construção de réplicas dos principais tipos de dinossauros encontrados em Sousa. Em 1988 foram descobertos os sítios de Saguim e Piau II por Leonardi, juntamente com Anna Alessandrello do Museo Civico di Storia Naturale de Milan (Itália). Leonardi e Alessandrello exploraram a bacia de Pombal sem nenhum resultado positivo. O sítio Paraíso foi descoberto em 1992 por Sérgio Alex Kugland de Azevedo (Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional; 1993). Após Leonardi ter deixado o Brasil em 1989, o trabalho icnológico de vertebrados vem sendo sistematicamente realizado por Ismar de Souza Carvalho (Carvalho et al., 1994, 1995; Carvalho, 1996a; 2000a, b), o qual vem descobrindo novas localidades icnofossilíferas em parceria com pesquisadores (Maria Somália Sales Viana, Mário Lima Filho e Narendra Kumar Srivastava) de instituições universitárias localizadas no Nordeste do Brasil (Universidade Federal de Pernambuco e Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pterodáctilo


O pterodáctilo (Pterodactylus sp.) foi um réptil voador da ordem Pterosauria, que viveu na actual África e Europa durante o Jurássico superior (cerca de 150 milhões de anos atrás). Era um animal carnívoro e provavelmente alimentava-se de peixes e pequenos animais. O pterodáctilo tinha uma envergadura de asas reduzida (por comparação a outros pterossauros) situada entre 50 a 75 cm.
O género foi descrito em 1801 por Georges Cuvier.

Uma curiosidade é o fato de que, na cultura popular, praticamente qualquer pterossauro é denominado um "pterodáctilo", mesmo que o animal não pertença verdadeiramente a este género. Um desses casos é o filme Pterodactyl - A Ameaça Jurássica de 2005, que, apesar do nome, as criaturas pré-históricas apresentadas no filme se assemelhavem mais a outro género de pterossauros: o Pteranodon, o principal motivo para esta "confusão taxonômica" é o fato de que o nome Pterodactylus é muito mais popular que o nome pteranodonte, porém o animal do primeiro género seria muito pequeno para ameaçar a vida dos personagens humanos do filme, já o segundo atingia tamanho suficiente para ser apresentado como um "assassino de homens". O mesmo erro de apresentar qualquer pterossauro como sendo Pterodactylus também ocorre na série de TV O Mundo Perdido.