terça-feira, 27 de outubro de 2009

Homenagem


Os Correios emitem selo de grande valor histórico e de repercussão mundial, focalizando o Vale dos Dinossauros, que é um dos mais importantes sítios paleontológicos do mundo, visitado freqüentemente por cientistas e turistas de vários países. As primeiras pegadas fósseis de dinossauros encontradas no Brasil foram localizadas em Passagem das Pedras (Sousa/PB), pelo agricultor Anísio Fausto da Silva, em 1897, que, com espanto, denominou-as de “rastro do boi e rastro da ema”. Em 1920, o geólogo Luciano Jaques de Moraes constatou in loco que se tratava de pegadas de dinossauros. A partir de 1975, toda a região oeste da Paraíba foi pesquisada pelo paleontólogo italiano Giuseppe Leonardi, que veio a descobrir mais de vinte localidades com pegadas de dinossauros. Entretanto, a mais clássica continua sendo a Passagem das Pedras, onde a trilha principal é de um iguanodonte - dinossauro herbívoro de seis a sete toneladas. No Vale dos Dinossauros está sendo implantado um arrojado projeto de infra-estrutura de preservação ambiental e turística.

Dinossauros no Brasil


Os primeiros fósseis de dinossauros encontrados no Brasil datam de 1897. Trata-se de pegadas fossilizadas descobertas na localidade de Passagem das Pedras, próximo ao município de Sousa (PB), pelo agricultor Anísio Fausto da Silva, que acreditava tratarem-se de rastros de boi e ema.
Entretanto, apenas em 1920 geólogos tomaram conhecimento dos tais "rastros", que após estudados foram identificados como provenientes de dois dinossauros diferentes.
Apesar da importância da descoberta, o material ficou esquecido por décadas, ora submerso por inundações, ora coberto por camadas de areia e cascalho.
Em 1902 iniciavam-se formalmente as pesquisas paleontológicas na paleorrota em Santa Maria (Rio Grande do Sul), com a coleta de vestígios orgânicos petrificados pelo Dr. Jango Fischer, estudo que resultou na determinação do primeiro réptil terrestre fóssil da América do Sul, o Rincossauro, batizado por Woodward com o nome de Scaphonyx fischeri. Nas décadas seguintes a paleorrota seria visitada por importantes paleontólogos do mundo, tornado-se uma das mais importantes áreas para a paleontologia mundial.
A partir da década de 40, o paleontólogo Llewellyn Ivor Price, natural de Santa Maria (Rio Grande do Sul), realizou estudos na localidade de Peirópolis, Município de Uberaba, Minas Gerais e em pontos isolados do oeste do Estado de São Paulo.
Depois de Price, houve um longo período de quase total inatividade na paleontologia brasileira, só interrompido na década de 70. Foi quando o padre italiano Giuseppe Leonardi estudou o sítio de Souza e publicou um estudo afirmado que parte dos rastros alí encontrados provavelmente pertenciam a um iguanodonte medindo 3 metros de altura e pesado 4 toneladas, que viveu há 110 milhões de anos.
Graças a esse estudo, a região passou a ser conhecida como Vale dos Dinossauros e é hoje um dos sítios paleontológicos mais importantes do mundo.
Para o mundo da paleontologia, evento de enorme importância foi a apresentação pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no dia 28 de agosto de 2006, da réplica do maior dinossauro brasileiro denominado cientificamente de Maxakalisaurus topai.
Para se ter uma idéia da importância científica do maior dinossauro encontrado no Brasil, veja importante e detalhado boletim oficial do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro sobre a descoberta e as pesquisas lideradas pelo Professor e Paleontólogo Alexander Kellner:[1]
Ossos, dentes, ovos, pegadas e fezes (coprólitos) de dinossauros são encontrados em bacias sedimentares espalhadas por toda a área que hoje é o Brasil. Os principais sítios paleontológicos estão nas seguintes regiões: Chapada do Araripe (CE); Sousa (PB); Recife (PE); Alcântara e São Luís (MA); Tesouro e Morro do Cambambe (MT); Prata e Peirópolis (MG); Araraquara, Monte Alto, Presidente Prudente e Álvares Machado (SP); Candelária e Santa Maria (RS).

Souza / PB


Sousa é um município brasileiro do estado da Paraíba, localizado na Mesorregião do Sertão Paraibano. É a principal localidade da microrregião homônima à cidade.
Foi encontrado recentemente (2007) petróleo em seu território, ao serem furados poços em busca de água, mas a sua exploração ainda não começou.
A cidade é conhecida por ter sido morada de dinossauros.
Durante o ciclo das entradas ao sertão, o território que forma o município de Sousa foi domínio da Casa da Torre da Bahia, de Teodósio e Francisco de Oliveira, donos dos vales constituídos pelos rios, Rio do Peixe e Piranhas.
Os Irmãos Oliveira foram os primeiros fazendeiros do município após a devastação da área em 1723. O município fica situado em terras onde eram o Jardim do Rio do Peixe, pertencente a Francisco Dias e posteriormente, a sua mãe, Inácia de Araújo, doadora da sesmaria que ainda hoje constitui o patrimônio de Nossa Senhora dos Remédios.
A fertilidade do terreno trouxe moradores que se interessaram no cultivo das terras. Assim, desenvolveu-se o povoado que, em 1730, já contava 1.468 habitantes, segundo informações do Cabido de Olinda.
Esse fato acabou levando Bento Freire de Sousa, residente na fazenda Jardim, a tomar a iniciativa de organizar um povoado que, entre 1730 e 1732, ergueu a primeira igreja, existente até hoje. Em homenagem ao fundador e primeiro administrador do município, a cidade passa assim a se chamar Sousa.
A localidade possui várias praças de acesso público. Uns de seus maiores destaques são, a festa da padroeira, realizada no mês de setembro e o Sousafolia, grande micareta realizada geralmente no mês de maio, atraindo muitos turistas para a região. A estátua de Frei Damião também é um ponto turístico da cidade. A estátua foi construída pela grande admiração que o frade tinha pela cidade, visitando-a constantemente e sendo querido por toda a população. São muitos os devotos na cidade.
É em Sousa que se encontra o Parque dos Dinossauros
O município está incluído na área geográfica de abrangência do semiárido brasileiro, definida pelo Ministério da Integração Nacional em 2005[6]. Esta delimitação tem como critérios o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca.
Sousa está localizada no sertão semi-árido da Paraíba. Sua população está estimada, segundo uma contagem do IBGE feita em 2007, em 63.783 habitantes, possuindo de acordo com dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) 45.295 eleitores, o que coresponde ao 6° maior colégio eleitoral da Paraíba, ficando atrás de João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Bayeux e Patos, respectivamente.
O Parque dos Dinossauros é um dos maiores sitios arqueológicos, com aproximadamente 21 sitios, de pegadas preservadas do mundo. Foram observadas pegadas fossilizadas de mais de 80 espécies, a maioria de dinossauros carnívoros. As pegadas variam entre 5 cm e 40 cm. Segundo estudos, grandes partes dos vestígios encontrados eram de dinossauros voadores. Em suas trilhas é possível observar vestígios (pegadas) também de dinossauros herbívoros, como o Iguanodonte mantelli, supostamente de quatro toneladas, e de carnívoros como o Velociraptor, com aproximadamente dois toneladas. As pegadas podem ser observadas em 13 camadas. É fato que, duas pegadas do parque foram roubadas, e foram localizadas, uma em Boston (E.U.A) e a outra a França. Esses animais viveram nessa região à aproximadamente 110 milhões de anos, e o parque foi descoberto pelo geólogo Luciano Jaques de Moraes. Apesar do esforço para manter o parque em perfeitas condições, o incentivo dado por parte dos governos municipal e estadual é assim como o parque, “pré-histórico”, arcaico, obsoleto. O parque assim como seus guias, são mantidos pelos turistas.(L.C.)
Em Sousa há também a estátua do milagre eucarístico. A história conta que no dia 25 de março de 1814 aproximou-se um homem negro na Sagrada Mesa de Comunhão na primitiva Igreja N. Senhora dos Remédios e ao receber a hóstia saiu às pressas despertando a atenção da assembléia religiosa. Acreditava aquele homem que a hóstia seria um talismã para protegê-lo.Após alguns dias, no local onde atualmente está entronizada a imagem do Bom Jesus Eucarístico de Sousa, foi encontrada a Sagrada Partícula e ao seu redor ovelhas e cordeiros.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Velociraptor


O velociráptor (Velociraptor mongoliensis, que significa "ladrão veloz") foi um dinossauro carnívoro e bípede que viveu durante o período Cretáceo. Media 1,5 metros de comprimento e pesava aproximadamente 15quilogramas.
Foi um grande predador que provavelmente caçava em bando. Era leve, rápido, possuía ótima visão e um cérebro bastante desenvolvido, além de um poderoso maxilar. Assim como o seu parente próximo, o deinonico, todo velociráptor possuía uma terrível garra retrátil em forma de foice no segundo dedo da pata, usada para furar o ventre ou o pescoço da presa.
O primeiro esqueleto de velociráptor foi encontrado no Deserto de Gobi, na Ásia, em 1923. Mais tarde, em 1970, foi encontrado um esqueleto de velociraptor agarrado a um protoceratops. Não se sabe, ao certo, porque morreram, mas se acredita que uma violenta tempestade de areia os soterrou. As perfeitas condições desse achado e a situação na qual os dois dinossauros morreram fizeram dessa descoberta uma verdadeira sensação.
O velociráptor recebe grande atenção da comunidade científica porque há fortes indícios de que ele possuía penas - característica própria das aves e não dos répteis. É também um dos dinossauros mais famosos, tendo participado de vários filmes de cinema (dos quais podemos citar a série de filmes Jurassic Park), jogos de computador e outras mídias.
Recentemente, através de pesquisas e testes cuidadosamente elaborados, descobriu-se que as garras do velociraptor não serviam para rasgar o ventre ou o pescoço da presa, pois sua parte inferior não era cortante nem afiada, e sim arredondada; portanto, provavelmente não era usada para rasgar, e sim para perfurar, pois dessa forma tinha boa chance de acertar a traquéia ou a jugular da vítima e assim matá-la.

Fotos tiradas no mês de Outubro/2009



Teorias sobre a extinção


A extinção em massa dos dinossauros, ocorrida há 65 milhões de anos, final do Período Cretáceo, tem concentrado mais trabalhos de investigação do que qualquer outro episódio de extinção. Mas, apesar disso, ainda se trata de um mistério muito intrigante.

A partir dos anos 50 o desenvolvimento de pesquisas sobre as provas fósseis da extinção têm gerado uma elevada quantidade de novos dados. Em numerosos estudos das sequências rochosas que envolvem o limite K-T se pode comprovar mudanças ambientais, singularidades geoquímicas e a distribuição, declive e substituição dos grupos fósseis, tanto no mar quanto na terra. Provas procedentes das rochas e fósseis de angiospermas revelam que, no final Cretáceo, ocorreu um significativo esfriamento da atmosfera.
Existe a hipótese de que as pausas entre os períodos de extinção observadas se encaixam com os efeitos de um hipotético choque térmico em grande escala, provocado possivelmente pelos deslocamentos das placas tectônicas que separaram a Austrália da Antártida causando o efeito das frias correntes profundas do Oceano Meridional sobre as águas equatoriais mais quentes do Mar de Tétis.
A partir de 1979, uma equipe da Universidade da Califórnia, em Berkeley, descobriu, em um estrato argiloso, níveis 100 vezes mais altos que o normal de um raro metal, o irídio – muito pouco freqüente na superfície da Terra, mas muito encontrado nos meteoritos.
Investigações posteriores conduzidas pelo geólogo Walter Alvarez e seu pai, Luiz Alvarez – Prêmio Nobel de Física – levaram ao esboço de um modelo catastrófico hoje exaustivamente examinado. Supõem-se que um asteróide com tal conteúdo de irídio teria que medir cerca de 10km de diâmetro. O impacto de um corpo dessas dimensões sobre a Terra, numa possível velocidade de 16 a 21km por segundo, criaria uma cratera de 65km e causaria estragos no mundo inteiro. Tal impacto levantaria uma nuvem de poeira que ocultaria o sol durante mais de um ano.
Levando em conta pesquisas de outros cientistas sobre os possíveis efeitos de uma guerra nuclear, o suspeito asteróide causaria um explosão equivalente a 100 milhões de bombas H de 1 megaton, suficiente para provocar uma refrigeração global.

A primeira grande extinção em massa que se conhece ocorreu no final do Período Ordoviniano, há uns 440 milhões de anos atrás, com a exclusão de 50% das espécies. À partir de então os peixes passaram a evoluir e dominar os mares. A extinção seguinte ocorreu no final do Período Devoniano, cerca de 370 milhões de anos atrás, com a extinção de também 50% das espécies. Após a mesma os anfíbios passaram a se desenvolver. A maior extinção em massa de todos os tempos, ocorreu no final do Período Permiano, há uns 245 milhões de anos atrás, quando cerca de 95% da vida animal foi eliminada. Esta ocorrência está relacionada com a formação de um único supercontinente chamado Pangea. Há cerca de 210 milhões de anos veio a extinção em massa que pôs fim ao Período Triássico. Novamente os seres marinhos e a maior parte dos vertebrados terrestres desapareceram. Nessa ocasião surgiram os dinossauros.
No final do Período Cretáceo há a extinção dos dinossauros, dentre elas a mais conhecida, mas cujas causas ainda estão em polêmica. Ao lado das provas do impacto de um meteorito, existem outros fatos comprovados. A maior parte da Índia é formada por lava produzida por vulcões durante o Período Cretáceo. As grandes erupções vulcânicas poderiam ter bloqueado a luz solar com uma imensa nuvem de poeira. O frio e a escuridão teriam causado a morte em massa.
Alguns cientistas acreditam que os dinossauros foram morrendo aos poucos, conforme o esfriamento da temperatura terrestre. A queda de um meteorito gigante ou grandes erupções vulcânicas podem ter sido o desastre que apenas encerrou o processo de extinção total dos dinossauros já enfraquecidos.

VALE DOS DINOSSAUROS - SOUSA/PB


"0 estudo dos dinossauros - a origem e diversidade de espécies, o seu habitat, o modo de vida e as causas de sua extinção sempre atraiu a atenção de muitas pessoas em todo o mundo, entre elas, os colecionadores de selos.
Os dinossauros - do grego: DEINOS (= terrível) e SAURIOS (= lagarto), pertenceram à classe dos répteis e se multiplicaram em inúmeras espécies de todos os tamanhos, nitidamente adaptadas aos seus diversos ambientes naturais.
O Vale dos Dinossauros/PB é internacionalmente conhecido do ponto de vista das pegadas, fósseis de dinossauros é um dos locais arqueológicos mais importantes do mundo.
As primeiras pegada de dinossauros no Brasil foram encontradas, em 1897, na localidade de Passagem das Pedras (Sousa - PB), pelo agricultor Anísio Fausto da Silva, que com espanto denominou-as de "rastro do boi e rastro da ema".
Em 1920, o geólogo Luciano Jaques de Moraes, em missão da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS), soube da existência dos "rastros do boi e da ema". Comprovou "in loco" que se tratavam de rastros de dinossauros e divulgou por meio de sua obra "Serras e Montanhas do Nordeste", edição de 1924, a existência e as características de duas pistas de dinossauros, diferentes entre si, encontradas no leito rochoso do Rio do Peixe. Apesar dasua importância, o material, no entanto, ficou por longo tempo esquecido, ora submerso pelas inundações desse rio, temporário, ora coberto por grandes camadas de areia e cascalho.
Em 1975, a Icnologia (estudo daspegadas fósseis) voltou à tona no Brasil, e empreendeu-se uma exploração sistemática de todas as bacias fósseis sedimentares do País com o amparo do CNPq. Coube então a Giuseppe Leonardi - padre, geólogo, paleontólogo e pesquisador do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) - natural de Veneza (Itália), buscar as pistas dinossáuricas divulgadaspor Lucino J. de Moraes. Constatou-as, partindo para novas e sucessivas pesquisas com escavações, inclusive, com os seus colaboradores, acabou por descobrir cerca de vinte localidades com pegadas de dinossauros, sendo que treze destas do Mnicípio de Sousa e sete no município de São João de Rio do Peixe (ex - Antenor Navarro), e mais em outras áreas dos municípios do Oeste-Paraibano, numa extensão aproximada de 700 Km2, região que veio receber o nome sugestivo de Vale dos Dinossauros.
Das treze localidades descobertas, no município de Sousa, algumas são muito ricas em detalhes, apresentando não somente interesse científico, mas sustentando espanto e a admiração do público em geral. A localidade mais bonita e clássica na opinão de Giuseppe Leonardi, permanece sendo a primeira descoberta por Anísio Fausto da Silva em Passagem das Pedras. Ali a pista principal é a de um iguadonte - dinossauro semibípede e herbívoro, pesando entre três e quatro toneladas - profundamente gravada na rocha, numa linha reta de mais ou menos cinqüeta metros. As pegadas medem 40 cm de largura e observam-se também as gretas de contração da lama petrificada. Nesta localidade está sendo implantado um arrojado projeto de infra-estrutura de preservação ambiental e turística financiado com recursos do MMA-PED/BANCO MUNDIAL.
Em 20 de novembro de 1996 um grupo de sousenses decidiu fundar uma ONG, a MOVISSAUROS - Associação Comunitária "Movimento de Preservação do Vale dos Dinossauros", quando a partir de então foram realizadas várias buscas de novas pistas dinossauricas nos municípios de Sousa e São João de Rio do Peixe, ambos na Paraíba. Até agora foram descobertas mais de 150 novas pegadas de dinossauros - herbívoros e carnívoros.
De todos esses achados o mais surpreendente foi uma trilha com 14 pegadas que não chega a medir um metro em linha reta. Cada pegada mede apenas 2 cm de diâmetro - são as únicas deste tamanho até agora encontradas no Vale dos Dinossauros e ainda sem identiftcação científicas. Isto prova que o Vale dos Dinossauros foi habitado há 130 miIhões de anos por animais gigantes como saurópodos e por minúsculos, como as pegadas encontradas no Serrote Benção de Deus (Sousa -PB).

Dinossauros na Paraíba


A cidade de Sousa no Sertão Paraibano já foi reduto de vários Dinossauros.



0 estudo dos dinossauros - a origem e diversidade de espécies, o seu habitat, o modo de vida e as causas de sua extinção, sempre atraiu a atenção de muitas pessoas em todo o mundo. Os vestígios desses animais foram encontrados no "Vale dos Dinossauros", município de Sousa, Estado da Paraíba. O Vale dos Dinossauros/PB, internacionalmente conhecido em virtude das pegadas e fósseis de dinossauros, é um dos locais arqueológicos mais importantes do mundo.

As primeiras pegadas de dinossauros foram encontradas no Brasil, em 1897, na localidade de Passagem das Pedras (Sousa - PB), pelo agricultor Anísio Fausto da Silva, que com espanto denominou-as de "rastro do boi e rastro da ema". Mas, já em 1920, um geólogo que visitava o local soube desta história e desconfiado, foi e descobriu que na verdade se tratavam de dinossauros.

Foram descobertas a existência e as características de duas pistas de dinossauros, diferentes entre si, encontradas no leito rochoso do Rio do Peixe. Apesar da sua importância, o material, no entanto, ficou esquecido por um longo tempo, ora submerso pelas inundações desse rio, temporário, ora coberto por grandes camadas de areia e cascalho.


Giuseppe Leonardi - padre, geólogo, paleontólogo e pesquisador, acabou por descobrir cerca de vinte localidades com pegadas de dinossauros, sendo que treze destas no Município de Sousa, sete no município de São João do Rio do Peixe (antiga Antenor Navarro) e mais em outras áreas dos municípios do Oeste-Paraibano, numa extensão aproximada de 700 Km2, região que veio receber o nome sugestivo de Vale dos Dinossauros. Em 20 de novembro de 1996, um grupo de sousenses decidiu fundar uma ONG, a MOVISSAUROS - Associação Comunitária "Movimento de Preservação do Vale dos Dinossauros". A partir de então, foram realizadas várias buscas de novas pistas "dinossáuricas" nos municípios de Sousa e de São João do Rio do Peixe, ambos na Paraíba. Até o momento foram descobertas mais de 150 novas pegadas de dinossauros - herbívoros e carnívoros.

Fotos tiradas no mês de Outubro/2009



Vale dos Dinossauros


O Vale dos Dinossauros é um dos mais importantes sítios paleontológicos existentes, onde registra-se a maior incidência de pegadas de dinossauros no mundo.
Compreende uma área de mais 1.730 km2, abrangendo aproximadamente 30 localidades no alto sertão da Paraíba (Brasil), entre elas os municípios de Sousa, Aparecida, Marizópolis, Vieirópolis, São Francisco, São José da Lagoa Tapada, Santa Cruz, Santa Helena, Nazarezinho, Triunfo, Uiraúna, São João do Rio do Peixe e Cajazeiras.
Os achados mais importantes estão na Bacia do Rio do Peixe, município de Sousa, a 420 km de João Pessoa. Lá, encontram-se rastros e trilhas fossilizadas de mais de 80 espécies em cerca de 20 níveis estratigráficos. Destacam-se as trilhas das localidades da Passagem das Pedras, onde foram descobertas os primeiros indícios de dinossauros brasileiros, no fim do século XIX.
Em toda a região, encontram-se rastros fossilizados cujo tamanho varia de 5 cm (de um dinossauro do tamanho de uma galinha), até 40 cm, como as pegadas de iguanodonte de 4 toneladas, 5 metros de comprimento e 3 metros de altura. A maioria das pegadas são de dinossauros carnívoros. Uma trilha com 43 metros em linha reta é a mais longa que se conhece no mundo. De acordo com os paleontólogos, esses rastros têm pelo menos 143 milhões de anos.
Existe também (embora em menor quantidade), marcas petrificadas de gotas de chuva, plantas fósseis, ossadas parciais de animais pré-históricos e pinturas rupestres feitas pelos antigos habitantes. Estas últimas localizam-se principalmente no Serrote do Letreiro (em Sousa) e Serrote da Miúda (municípios de São Francisco e Santa Cruz).
As marcas deixadas por esses animais pelo sertão paraibano despertam o interesse de cientistas brasileiros e estrangeiros, atraindo também muitos turistas e curiosos de todo o mundo.