sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Teorias sobre a extinção


A extinção em massa dos dinossauros, ocorrida há 65 milhões de anos, final do Período Cretáceo, tem concentrado mais trabalhos de investigação do que qualquer outro episódio de extinção. Mas, apesar disso, ainda se trata de um mistério muito intrigante.

A partir dos anos 50 o desenvolvimento de pesquisas sobre as provas fósseis da extinção têm gerado uma elevada quantidade de novos dados. Em numerosos estudos das sequências rochosas que envolvem o limite K-T se pode comprovar mudanças ambientais, singularidades geoquímicas e a distribuição, declive e substituição dos grupos fósseis, tanto no mar quanto na terra. Provas procedentes das rochas e fósseis de angiospermas revelam que, no final Cretáceo, ocorreu um significativo esfriamento da atmosfera.
Existe a hipótese de que as pausas entre os períodos de extinção observadas se encaixam com os efeitos de um hipotético choque térmico em grande escala, provocado possivelmente pelos deslocamentos das placas tectônicas que separaram a Austrália da Antártida causando o efeito das frias correntes profundas do Oceano Meridional sobre as águas equatoriais mais quentes do Mar de Tétis.
A partir de 1979, uma equipe da Universidade da Califórnia, em Berkeley, descobriu, em um estrato argiloso, níveis 100 vezes mais altos que o normal de um raro metal, o irídio – muito pouco freqüente na superfície da Terra, mas muito encontrado nos meteoritos.
Investigações posteriores conduzidas pelo geólogo Walter Alvarez e seu pai, Luiz Alvarez – Prêmio Nobel de Física – levaram ao esboço de um modelo catastrófico hoje exaustivamente examinado. Supõem-se que um asteróide com tal conteúdo de irídio teria que medir cerca de 10km de diâmetro. O impacto de um corpo dessas dimensões sobre a Terra, numa possível velocidade de 16 a 21km por segundo, criaria uma cratera de 65km e causaria estragos no mundo inteiro. Tal impacto levantaria uma nuvem de poeira que ocultaria o sol durante mais de um ano.
Levando em conta pesquisas de outros cientistas sobre os possíveis efeitos de uma guerra nuclear, o suspeito asteróide causaria um explosão equivalente a 100 milhões de bombas H de 1 megaton, suficiente para provocar uma refrigeração global.

A primeira grande extinção em massa que se conhece ocorreu no final do Período Ordoviniano, há uns 440 milhões de anos atrás, com a exclusão de 50% das espécies. À partir de então os peixes passaram a evoluir e dominar os mares. A extinção seguinte ocorreu no final do Período Devoniano, cerca de 370 milhões de anos atrás, com a extinção de também 50% das espécies. Após a mesma os anfíbios passaram a se desenvolver. A maior extinção em massa de todos os tempos, ocorreu no final do Período Permiano, há uns 245 milhões de anos atrás, quando cerca de 95% da vida animal foi eliminada. Esta ocorrência está relacionada com a formação de um único supercontinente chamado Pangea. Há cerca de 210 milhões de anos veio a extinção em massa que pôs fim ao Período Triássico. Novamente os seres marinhos e a maior parte dos vertebrados terrestres desapareceram. Nessa ocasião surgiram os dinossauros.
No final do Período Cretáceo há a extinção dos dinossauros, dentre elas a mais conhecida, mas cujas causas ainda estão em polêmica. Ao lado das provas do impacto de um meteorito, existem outros fatos comprovados. A maior parte da Índia é formada por lava produzida por vulcões durante o Período Cretáceo. As grandes erupções vulcânicas poderiam ter bloqueado a luz solar com uma imensa nuvem de poeira. O frio e a escuridão teriam causado a morte em massa.
Alguns cientistas acreditam que os dinossauros foram morrendo aos poucos, conforme o esfriamento da temperatura terrestre. A queda de um meteorito gigante ou grandes erupções vulcânicas podem ter sido o desastre que apenas encerrou o processo de extinção total dos dinossauros já enfraquecidos.

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